Vitória de Bolsonaro traz confiança, Dólar cai para R$ 3,60 e bolsa sobe mais de 2% após eleições

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Mercado financeiro está em lua de mel com Jair Bolsonaro; analistas, no entanto, dizem que ela pode durar pouco (Ricardo Moraes/Reuters)

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (29), após Jair Bolsonaro (PSL) ser eleito presidente do Brasil e o futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, dizer que a prioridade será a reforma da previdência.

Às 11h43, a moeda norte-americana caía 0,41%, vendida a R$ 3,6363. Veja mais cotações.

A moeda chegou a ser negociada a R$ 3,5823 no início da sessão. Desde maio, a moeda não era negociada abaixo de R$ 3,60 – no dia 10 daquele mês, o dólar fechou em R$ 3,5461.

Em seu discurso após ser declarado vitorioso, Bolsonaro prometeu respeitar a Constituição, fazer um governo democrático e unificar o país, além de defender compromisso com a responsabilidade fiscal.

Paulo Guedes declarou que buscará zerar o déficit fiscal, fazer a reforma da previdência e do Estado, acelerar as privatizações, simplificar e reduzir impostos, além de eliminar encargos e impostos trabalhistas sobre a folha de pagamentos – medidas bem vistas pelo mercado.

Na esteira do otimismo, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado acionário brasileiro, subia nesta segunda e chegou a atingir a máxima histórica intradia, acima de 88 mil pontos.

“Os próximos drivers para o dólar local serão a divulgação da equipe econômica e esclarecimentos em relação ao plano de governo”, afirmou à Reuters o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara, referindo-se a questões como controle de gastos e reforma da Previdência.

Cenário externo

No exterior, o dólar opera em queda ante a maioria das divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso chileno.

Ante a cesta de moedas, no entanto, o dólar sobe, em dia de fraqueza do euro após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ter declarado que não buscará uma reeleição como presidente do partido, marcando o fim de uma era de 13 anos em que ela dominou a política europeia.

No geral, entretanto, seguem as preocupações com a guerra comercial e seus efeitos sobre o crescimento, sobretudo da China, Brexit, orçamento italiano e alta de juros nos Estados Unidos.

“A longa lista de problemas lá fora volta a ganhar destaque e pode inibir a queda (do dólar ante o real) daqui em diante”, disse à Reuters o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Atuação do BC

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Última sessão

Na última sessão, na sexta-feira (26), a moeda dos EUA caiu 1,39%, vendida a R$ 3,6518 – menor patamar desde 24 de maio (R$ 3,6471).

Na semana passada, o dólar acumulou queda de 1,64%. No mês de outubro, recuava 9,56% até dia 26. No ano, a moeda acumula alta de 10,21%.


Post – 29/10/2018 – 11:52

Notícia do Brasil

Reprodução: G1

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