Moradores do distrito de Canabrava, no município de Malhada, no sudoeste da Bahia, mostram indignação com a ocorrência de depredações no cemitério local. Conforme relatos, túmulos têm sido quebrados, acessórios retirados e maus-tratos à memória dos falecidos. Um dos populares, identificado como José Maria, explicou à reportagem do Alerta Bahia que há algum tempo ele e outros voluntários realizam uma reforma no cemitério, mas se deparam com atos criminosos que comprometem todo o esforço comunitário.
“Nós estamos tentando manter o local limpo e digno, mas encontramos túmulos destruídos, peças arrancadas. Isso não é só vandalismo, é desrespeito à memória dos nossos entes queridos.” José Maria
Quais infrações estão sendo cometidas?
Os atos relatados pelos moradores configuram duas categorias principais de crime:
- Violação de sepultura ou urna funerária – prevista no art. 210 do Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei 2.848/1940), que versa sobre “violar ou profanar sepultura ou urna funerária”. A pena prevista é reclusão de 1 a 3 anos, e multa.
- Dano ao patrimônio público ou privado – conforme art. 163 do mesmo código: “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia”. Se o bem for público, a pena vai de 6 meses a 3 anos de detenção, e multa.
Os moradores de Canabrava solicitam que as autoridades policiais e os próprios vizinhos do cemitério mantenham vigilância mais intensa para identificar os responsáveis pelos atos de vandalismo. Eles destacam que a reforma voluntária em curso perde força quando novos ataques ocorrem. A comunidade espera que quem cometeu os danos seja punido, para que a dignidade do local de descanso eterno seja preservada.
É urgente que haja uma ação articulada entre poder público, segurança local e comunidade para proteger o cemitério e intimidar quem pensa em cometer novos atos de desrespeito.
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Publicado em: 03/11/2025 – 10:54
Da Redação
Por: David Porto - Registro: MTBE 0006322-BA
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