
Moradores dos municípios de Carinhanha e Malhada, no oeste e sudoeste da Bahia, estão vivendo uma sequência de quedas e oscilações frequentes no fornecimento de energia elétrica, situação que gera indignação e preocupação, prejuízos materiais e transtornos diversos.
Conforme relatos à reportagem do site Alerta Bahia, no centro de Carinhanha houve aproximadamente dez interrupções ou instabilidades somente no período da manhã, o que quase levou à suspensão da programação de uma rádio local Rádio Pontal FM. A emissora teria evitado danos ao transmissor, cujas peças são de alto valor. Além disso, nessa segunda-feira (27) de outubro a agência da Caixa Econômica Federal em Carinhanha ficou sem sistema pela manhã devido à queda de energia, o que comprometeu atendimentos bancários essenciais.
Em Malhada, não é diferente. Em agosto deste ano, por exemplo, moradores de uma das ruas reportaram que ficaram mais de 24 horas sem energia elétrica, com geladeira estragando, transporte de dados travado e prejuízo para quem vive de serviços autônomos. Em outra localidade rural, conforme veiculado na imprensa, a comunidade de Ilha de Malhada relatou que houve mais de dez oscilações em três dias, algumas demorando até três dias para o restabelecimento completo, e que os transformadores locais não suportam a carga das residências.
Principais consequências
- Equipamentos queimados: geladeiras, freezers e aparelhos domésticos menores foram afetados por quedas repentinas ou oscilações de tensão.
- Serviços prejudicados: microempreendedores e autônomos relatam perdas de dias de trabalho, interrupção de atendimentos, vendas suspensas.
- Zona rural em risco: moradores de distritos e povoados afirmam que no período chuvoso as falhas se intensificam uma vez que já havia reconhecida falta de estrutura na alimentação elétrica da localidade.
A concessionária responsável pelo fornecimento em ambas as cidades é a Neoenergia Coelba, que já reconheceu (“em diálogo constante”) as falhas em outras regiões do interior da Bahia e afirmou estar realizando manutenção, embora não tenha informado prazo definitivo para a normalização completa naquelas localidades.
Especialistas apontam que a solução seria:
- ampliação da infraestrutura elétrica local (transformadores, linha de distribuição);
- monitoramento constante e atendimento ágil a registros de instabilidade;
- ressarcimento ou compensação em casos de danos comprovados de equipamentos por falhas de energia;
- planejamento mais rigoroso em áreas rurais para que sistemas suportem as cargas residenciais e agrícolas no período crítico de chuvas.
Moradores pedem por urgência: “já não temos só perdas domésticas, é o serviço, é o trabalho, é a vida que está sendo impactada”. A expectativa agora é que a concessionária apresente um cronograma claro de intervenções para evitar que a luz falhe ou oscile enquanto vidas e economias locais seguem dependendo de energia elétrica estável.
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Publicado em: 28/10/2025 – 10:29
Da Redação
Por: David Porto - Registro: MTBE 0006322-BA
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