Prefeito de Iuiu sanciona lei que homenageia Tia França com o seu nome em nova escola de tempo integral; conheça a história da homenageada

Foi publicada no diário oficial do município de Iuiu, no sudoeste da Bahia, em edição desta terça-feira dia (05) de março de 2024, a Lei Municipal nº 361/2024, que cria e denomina o Centro Educacional Integral Francina Nogueira, nova instituição de Ensino Fundamental I, que atenderá alunas e alunos do 1º ao 5º ano e integrará o Sistema de Ensino Municipal, a ser gerido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Francina da Conceição Nogueira, ou simplesmente “Tia França”, como carinhosamente era conhecida, nasceu em (09) de novembro de 1956, na comunidade de Jacolhi, quando à época Iuiu pertencia ao município de Malhada-BA.

Filha de Leôncio Rodrigues Nogueira e Maria da Conceição Nogueira, Tia França construiu uma jornada que é exemplo de fé vivida na simplicidade e na doação aos empobrecidos, uma guerreira que numa batalha diária, ficou distante da família para cursar o primário, posteriormente o curso de Contabilidade e Magistério, período no qual trabalhou num supermercado cujo donos, ao mesmo tempo, lhe cediam a moradia.

Fez graduação em História pela Universidade do Estado da Bahia em Caetité. O exercício como professora deu-se início no Centro Educacional de Iuiu, compadecida e amorosa, acolheu familiares e filhos de amigos em seu lar para frequentar as salas de aula.

Elegeu-se vereadora por dois mandatos, o primeiro no município de Malhada (quando Iuiu era seu distrito), onde também foi eleita presidente da Câmara para o período de 1989 a 1990, e posteriormente foi eleita vereadora pelo município de Iuiu, onde atuou entre 1997 e 2000, abrindo caminhos para as mulheres na política.

Participou da união de pessoas juntamente com o padre Aldo, criando a ABEPRI – Associação Beneficente e Promocional de Iuiu, entidade que mantinha a Escola Família Agrícola de Iuiu, proporcionando formação técnica a muitos filhos de agricultores de Iuiu e região.

Atuou como Agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra) por mais de cinco anos, sempre lutando pela justiça, igualdade e dignidade aos menos favorecidos. Além disso, juntamente com as Irmãzinhas da Imaculada Conceição, criou o PROMAPA – Projeto Madre Paulina, que se dedicava ao trabalho de acolhimento a crianças carentes da comunidade, lhes propiciando uma vida mais digna.

Dedicada à Paróquia Santa Luzia de Iuiu, atuou como catequista e ministra extraordinária da comunhão eucarística, onde foi confiado a ela mais de 100 afilhadas e afilhados.

Proveniente de uma família humilde, com muita garra lutou incansavelmente por meio do estudo, dedicação e compromisso, trouxe muitos benefícios à população iuiuense, fez conexão com o projeto ASA, que é uma rede que defende a proposta de convivência com o Semiárido pela defesa do direito à água, conseguindo, assim, vários benefícios às comunidades como a instalação de reservatórios de água da chuva.

Contemplou com os seus olhos, a busca de nomeação da escola da comunidade de Jacolhi, onde nasceu, receber o nome do seu pai, Sr. Leôncio. De Iuiu para o mundo, passou uma temporada na Itália em 2012, com o intuito de conhecer a Instituição que a elegeu como “Leiga Consagrada” através do Instituto Secular São Rafael. Neste momento, descobriu que estava com câncer, retornando ao Brasil para fazer o tratamento, onde guerreou durante 15 meses com muita fé e perseverança, sem questionamentos ao universo. Partiu em 11 de junho de 2013, embora permaneça viva e presente na memória e nas obras durante sua peregrinação terrestre.

A referida lei, que é de autoria do Poder Executivo Municipal, foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal e atende a indicação nº 009/2015, do Poder Legislativo.

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Publicado em: 05/03/204 – 19:39

Da redação

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