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Polêmica: Após coletiva, delegado do caso “de mãe e filha assassinadas em Guanambi” é duramente criticado após falas machistas quanto vestes de mulheres e por diminuir figura da Polícia Militar no caso

O delegado Rhudson Barcelos, responsável pelo caso do duplo feminicídio em Guanambi, no sudoeste da Bahia, foi criticado em protesto em frente à delegacia e nas redes sociais, após falas em entrevista coletiva cedida à imprensa nessa terça-feira dia (14) de dezembro. 

Rhudson preside as investigações do caso de grande repercussão, onde o criminoso Marco Aurélio da Silva, 36 anos agrediu, tentou estuprar e matou: Alcione Malheiros Teixeira Ribeiro, 42 anos e Ana Júlia Teixeira Fernandes, 16 anos, às margens da BR-030, saída para Palmas de Monte Alto, na tarde no último domingo dia (12) de dezembro. 

As principais críticas da sociedade quanto ao exposto pelo policial civil, foram falas em entrevista, as quais deram a entender que ele estava insinuando que as mulheres com roupas curtas eram as responsáveis pelos crimes de tentativa e de estupro. Além de dizer: “entre aspas, plausível, um feminicídio diante de uma briga entre marido e mulher”. 

Ainda na noite de ontem, após várias manifestações de desagrado com as falas de Rhudson Barcelos, um grupo de pessoas foram até a frente da delegacia e deram gritos de protesto pelas expressões identificadas como machistas e com pedidos de justiça pelo caso. Inclusive algumas mulheres usavam roupas curtas no protesto, mostrando que a mulher pode sim usar as vestes que ela quiser, que se sente bem, e que o culpado dos crimes de abusos são os autores, não as vítimas.

Além de parte da população, o delegado deixou um clima bem pesado entre a Polícia Civil e Militar, depois de diversas vezes menosprezar a presença da Polícia Militar acerca do caso. 

No caso de uma diligência realizada em uma propriedade vizinha em busca de suspeitos, o delegado fez questão de negar créditos para a PM, que os deu suporte.  

Solicitei que Polícia Militar nos auxiliasse nas diligências, mas toda ela presidida e acompanhada de perto por mim. Em todos os momentos eu estava presente, e quando a autoridade policial se faz presente, é ela quem determina o que é feito e o que não é feito. Os demais colegas simplesmente devem obedecer ao comando policial, o que aconteceu

”. 

Ainda no contexto o delegado diz: 

“Quem preside o inquérito é a autoridade policial, o delegado de polícia, no caso eu e não posso deixar simplesmente que quem quer que seja usurpe a função da Polícia Civil”, disso o delegado. 

Quanto a localização e prisão do indivíduo, ação que anteriormente foi divulgada como tendo sido de ação conjunta entre Polícia Civil e Polícia Militar, o delegado respondeu que não, e expressou de forma clara: “Quero deixar bem claro que não houve participação da Polícia Militar, não foi operação conjunta nada, eles apareceram apenas como coadjuvante e eu não posso dizer que seja diferente”. 

Em entrevista de rádio, o comandante do 17º Batalhão de Polícia Militar, Tenente Coronel, Hartur Mascarenhas lamentou o que foi dito pelo representante da Polícia Civil, renovou os votos de estima e respeito com a Polícia Civil e pediu recíproca.

Até o momento a reportagem do site Alerta Bahia não conseguiu falar com o delegado para retratação ou esclarecimentos, já que algumas pessoas veem má interpretação quanto a fala do mesmo.

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Publicado em: 15/12/2021 – 11:44

Da Redação

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