Operação de grande porte contra quadrilha do comércio ilegal de armas de fogo deixa 02 mortos e 04 presos em Ibotirama na Bahia e cidades do estado de Sergipe

Resistentes mortos, armas apreendidas e um dos locais da ação/Foto SSP-SE

Uma operação policial de grande porte realizada na cidade de Ibotirama (BA) e em cidades do estado de Sergipe, vem chamando atenção em ambos os estados. Uma quadrilha responsável por comercialização ilegal de arma de fogo, a qual tinha envolvimento de policias e políticos, já matou dois e prendeu 04 pessoas até o momento.

Segundo apurou o site Alerta Bahia, dois homens morreram em confronto com policiais civis e militares na ação deflagrada nos dois estados, com amplo fluxo em Ibotirama no oeste da Bahia.

A operação denominada “Underground”, que significa (submundo do crime), ocorreu nessa quinta-feira dia 11 de maio e tenta derrubar um amplo esquema de comercialização ilegal de armas de fogo, munições e acessórios.

Além dos mortos, a Underground prendeu quatro investigados e apreenderam 14 armas de fogo.

Conforme revelado pela SSP-SE – (Secretaria de Segurança Pública de Sergipe), policiais e políticos estão entre os investigados.

A ação policial já alcançou até agora: Aracaju, Ribeirópolis, Nossa Senhora Aparecida, Canindé de São Francisco, Areia Branca e Neópolis, no estado de Sergipe,  e Ibotirama, na Bahia.

A SSP informou que as investigações se iniciaram em agosto do ano passado, quando policiais civis prenderam em flagrante um homem investigado por tráfico de drogas e homicídio. Foi identificado que ele operava um esquema criminoso comercializando ilegalmente e em larga escala armas de fogo, munições e acessórios. O grupo tinha forte atuação em Sergipe, Alagoas e Bahia, além de outros estados.

Em Ibotirama, durante cumprimento de mandado em uma residência do bairro Morada Real, um indivíduo identificado por Wilton Nogueira atirou contra os policiais e foi atingido, porém após socorrido e levado ao Hospital Regional do Velho Chico, ele morreu.

Foi informado à imprensa que os dois homens que morreram em confronto, em Itabaiana e na Bahia, eram pai e filho, Wilton Nogueira, conhecido como “Boy de Itabaiana” e Gustavo Nogueira, que morreu no município serrano, no Loteamento Santa Mônica.

Conforme a apuração policial, o grupo fazia uso de armamento de grosso calibre, associado a servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com o objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, com a utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.

Segundo a investigação, os anúncios e comercialização dos materiais bélicos se davam, principalmente, através do aplicativo de mensagens WhatsApp, com negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.

Ainda de acordo com a apuração policial, um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados atraiam pessoas para adquirir legalmente armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.

Participaram da operação equipes do Grupamento Tático Aéreo (GTA), Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), Departamento de Narcóticos (Denarc), Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) e Depatri de Itabaiana e Estância, Delegacia Regional de Lagarto, Delegacia Regional de Glória, Delegacias de Ribeirópolis, Canindé e Moita Bonita, Batalhão de Caatinga (BPCaatinga), Comando de Operações Especiais (COE/BA), Departamento do Sistema Prisional (Desipe), Grupo de Operações Penitenciárias (Gope).

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Publicado em: 12/05/2023 – 07:50

Da redação

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