MP-BA denuncia Presidente da Câmara, policial militar, agente administrativo de polícia e mais um pelo assassinato de bolsonarista em Ibotirama  

Viaturas da Polícia Civil, denúncia e Jean/Fotos reproduções

Nessa terça-feira dia (22) de novembro o Ministério Público do estado da Bahia propôs ação penal contra o presidente da Câmara do município de Ibotirama; um policial militar, um agente administrativo da polícia, um advogado e dois servidores da câmara, acusados de formar uma milícia particular, ou grupo de extermínio, e quatro deles, de assassinar o bolsonarista Marcello Leite Fernandes, 39 anos, no dia (21) de julho do corrente ano. 

Conforme a denúncia, no dia do crime, por volta de 14h30min, na Avenida João Alves Martins, município de Ibotirama, Oeste da Bahia, os acusados, Jean Charles Alexandre (vereador presidente da câmara), Thiago França de Oliveira (servidor da câmara), Gutembergue Marques dos Santos (policial militar) e Cleyton Nunes de Oliveira Almeida (agente administrativo da polícia) , integrantes da milícia privada ou grupo de extermínio, mataram a vítima por motivo torpe e mediante recurso que tornou impossível a defesa.  

O Ministério público ainda elencou na denúncia feita ao poder judiciário, que desde antes, Jean, Thiago, Gutembergue, Cleyton, Leônidas e Filipe, mantinham e custeavam uma milícia particular ou grupo, com a finalidade de praticar crimes previstos no Código Penal, como assassinatos (homicídio). 

Ainda conforme apurou o site Alerta Bahia, suspeita-se que o crime foi motivado por motivos políticos, ou seja, desavenças políticas. Jean, o militar e Cleyton foram presos pela Polícia Civil, pelo menos dois deles no dia 08 de setembro deste ano, onde ambos tiveram encaminhamento para Salvador. 

A ação penal diz ainda que a denúncia foi instruída por vários documentos reunidos no âmbito do inquérito policial realizado pelo Departamento especializado – Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), designado pela Delegada Geral da Polícia Civil do Estado da Bahia para continuidade das investigações em virtude da complexidade do caso – especialmente por versar acerca de conflitos políticos e da ampla repercussão nas redes sociais, além disto, a falta de estrutura para integral elucidação. 

Outro detalhe importante citado pelo promotor do caso, é que quanto ao suposto crime de constituição de milícia privada, o grupo utilizava não apenas do poder político e financeiro do então presidente da câmara, como também dos cargos ocupados por seus subordinados e comparsas, sendo: policiais militares, a exemplo do Gutembergue; servidores públicos da Câmara, como Thiago e Leônidas; do advogado e de agentes que trabalhavam junto a polícia, como o Cleyton, para praticar crimes e ficar impune, em prol de interesses políticos e pessoais dos autores. 

Tanto a morte de Marcello, quanto o andar das ações da justiça acerca do caso vem ganhando grande repercussão na região. 

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Publicado em: 25/11/2022 – 08:09

da Redação

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