Um relato por meio da rede social Instagram revelou denúncias de uma mãe que descreveu o tratamento recebido durante o seu parto, no Hospital Inácia Pinto, o Hospital da Mulher, em Feira de Santana. Grazille Vitória dos Santos, 21 anos, conta que o parto começou a ser induzido na tarde do dia 2 de setembro de 2022 sendo finalizado na manhã do dia seguinte.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a mãe do bebê Apollo Vicente dos Santos, ainda abalada, relatou os traumas psicológicos que teve e falou sobre o corte que o seu filho recém-nascido sofreu durante o parto.
Ela conta também que teve pré-eclâmpsia na gravidez e expôs em uma postagem na rede social o sofrimento vivido durante o parto e os comentários preconceituosos que escutou de funcionários da unidade de saúde.
“Eu comecei a induzir dia 2 de setembro, às 15h, quando colocaram o primeiro comprimido de ocitocina. E quatro horas depois colocaram outro comprimido e meia hora depois minha bolsa rompeu. Às 03h do dia 3 de setembro ainda não tinha tido ele, eu estava com muita contração, sentindo dor. Eu até tinha pedido por uma cesárea, mas eles não me deram. Falaram que seria normal, que era o meu primeiro filho e que ‘a dor normal de um parto era assim’, que era para eu aguentar e esperar. E eu já estava perdendo líquido, sangue. Eu estava com muita dor mesmo, aí eu pedi para elas fazerem a cesárea, aí a chefe da área hospitalar falou ‘imagine se todo mundo que pedisse cesárea a gente desse’, aí ela falou que não, e que eu teria que aguardar. Aí eu falei que eu iria sair do hospital. Ela me falou que se eu saísse e voltasse eu teria que fazer toda a triagem de novo e esperar”, relembrou o momento.
Grazielle estava querendo ir para outra unidade de saúde, por conta das dores fortes e por terem negado a cesárea. “Depois outra chefe, superior delas, fez o toque em mim e disse que eu não teria condição nenhuma de ter o meu filho normal, de parto natural. Aí quando trocou o plantão eu só fui ter o meu filho às 9h18 de parto cesáreo”, contou a mãe. Apollo nasceu com 37 semanas e três dias.
A mãe da criança revelou que, durante o parto, o seu filho havia sofrido um corte próximo ao olho. “Eu estava muito debilitada, quando eu descobri que o meu filho tinha tido um corte. Eu vi costurando, fazendo sutura, mas neste momento eu estava tão debilitada que eu não conseguia nem reagir, eu não tinha forças para reagir e para falar nada. O meu filho sofreu um corte na pálpebra durante o parto, próximo ao olhinho, por muito pouco ele não ficou cego”, desabafou.
Grazielle contou que depois de 15 dias os pontos do seu filho foram retirados. “Mas mesmo assim eu ainda fiquei colocando colírio, porque ainda tinha sangue na parte do olho, com coágulos. Tive que comprar também uma pomada muito cara para passar no ferimento”.
_____________________________________
Publicado em: 20/01/2023 – 11:27
Por: Bahia Notícias
Por: David Porto - Registro: MTBE 0006322-BA
- Bar Susu de Mel realiza festa na noite deste sábado em Carinhanha; veja as atrações - 23/11/2024
- Polícia Militar apresenta motocicleta, armas brancas e demais objetos apreendidos em fazenda da Calsete invadida em Carinhanha - 22/11/2024
- Irmão de ex-vereador do município de Malhada é encontrado morto dentro de lagoa - 22/11/2024