O narrador Galvão Bueno saiu em defesa de Neymar, expulso pela primeira vez com a camisa do Paris Saint-Germain, no último domingo, no clássico contra o Olympique de Marseille, pelo Campeonato Francês. Na jogada, o atacante brasileiro sofreu falta por trás do argentino Ocampos, levantou irritado e peitou o adversário, que desabou no gramado do estádio Vélodrome. Ambos acabaram advertidos com o amarelo e, como Neymar já tinha recebido o primeiro cartão pouco antes, por reclamação, acabou expulso no fim da partida, que terminou empatada por 2 a 2. “A gente fala tanto da Libertadores, pela dificuldade que se tem para cobrar um escanteio, um lateral. O que fizeram lá foi uma coisa horrível. Marseille talvez seja o estádio mais difícil de se controlar, de se jogar no futebol francês. Laser no olho, jogaram refrigerante, suco, uma baguete. Tem que ser interditado cobrou o locutor, durante o programa Bem, Amigos! desta segunda (23). “O Neymar vai ter que ter um controle acima da média do controle dos jogadores, pelos lances de falta e por esse tipo (de situação), o futebol dele, o destaque dele acaba… Costumo dizer que o sucesso às vezes incomoda muita gente, acaba incomodando as pessoas. “Você vê que é uma atitude pessoal da torcida contra ele”, opinou Galvão. Já o analista de arbitragem Arnaldo Cezar Coelho, presente na atração do SporTV, foi mais rigoroso em relação ao comportamento do craque da seleção brasileira. “Galvão, a virtude de um craque é ter paciência. Pelé, que apitei vários jogos, levava cusparada na cara, levava cusparada na cara, davam sem bola nele e ele levava. Maradona foi bater um corner num jogo de uma Eliminatória que estava apitando e jogaram uma pedra desse tamanho, e ele matou a pedra. O Messi leva pancada e ele vai levando na maciota. Isso é uma característica que um craque tem que ter, de ter paciência para esses brucutus da vida. “Esse jogador do Olympique de Marseille é um argentino que sabia que ele já tinha amarelo”, argumentou.“Por isso que estou dizendo que ele vai precisar de um controle acima da média, pelas provocações, pelas agressões que acaba sofrendo”, reforçou o narrador global.
David Porto
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