Descarte irregular de restos de animais abatidos causa transtornos e prejuízos para moradores da zona rural de Malhada

Restos de animais descartados em vicinal da região de Canabrava em Malhada/Foto leitor do Alerta Bahia

Pequenos criadores e também demais moradores da região do distrito de Canabrava, no município de Malhada, no sudoeste da Bahia, denunciaram a prática irregular de alguns açougueiros que vêm fazendo o descarte errado de restos dos animais abatidos. 

Conforme um morador do entorno denunciou no último sábado dia (30) de novembro ao site Alerta Bahia, já tem mais de 30 dias que proprietários de açougue ou pessoas a seu mando, vêm descartando os restos de animais na estrada que liga o distrito de Canabrava ao distrito de Pindorama (Iuiu).  

Ainda conforme o malhadense, a prática vem causando um desconforto muito grande aos usuários da via, além de ocasionar o acúmulo de cães no local, que após devorarem os restos animais passam a atacar as criações do entorno, causando prejuízos. 

 A reportagem do site Alerta Bahia acionou a Vigilância Sanitária Municipal, que solicitou informações e agirá contra os autores do crime ambiental. 

Depositar resíduos de animais, como carcaças, restos de parição e animais mortos a céu aberto, atitude hoje inaceitável, acaba atraindo animais, como urubus e animais sinantrópicos, que promovem a disseminação de doenças. “Além disso, o consumo dessas carcaças por outros animais causa doenças, como clostridioses e botulismo”. 

De acordo com a Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), restos de animais (couro, gordura, vísceras, penas) podem ser vendidos para frigoríficos ou indústrias especializadas que transformam esses subprodutos. O sebo do boi pode virar biodiesel; pelos de porcos podem virar pincéis; vísceras e sangue se transformam em uma farinha especial utilizada em ração para pets e peixes.  

“O que não é recomendado é que esses dejetos sejam descartados no meio ambiente, pois poluem nascentes, rios e o próprio solo”, disse um professor ouvido pelo Globo Rural. 

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Publicado em: 02/12/2024 – 06:43

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