“Somos de uma terra de resistência, um território de luta. Vivemos pequenos conflitos com fazendeiros até grandes conflitos com a ameaça de hidrelétricas, de grande empreendimentos como de hidrovias.”
A denúncia é de Fátima Barros, liderança quilombola da ilha ocupada pelos povos tradicionais há cerca de 150 anos.
Ela conta que desde 2010, após um conflito violento com um fazendeiro da região, sua comunidade vive em estado permanente de alerta.
Tanto o indígena como a quilombola entendem que o respeito aos direitos territoriais está intimamente ligado à preservação ambiental e a práticas de produção mais sustentáveis e saudáveis de alimentos.
“Desde sempre minha família tem como base a agroecologia, um processo de produção que a gente traz de África dos remanescentes do meu povo, que foi traficado, espoliado, mas que não perdeu a nossa cultura. A terra para a gente é sagrada”, afirma Barros.
Winti Suya e Fátima Barros conversaram com o Brasil de Fato enquanto participavam do “I Seminário Internacional – III Seminário Nacional: Agrotóxicos, Impactos Socioambientais”, realizado na Cidade de Goiás (GO). O evento tem o objetivo divulgar trabalhos científicos nacionais e internacionais sobre o tema e conecta os impactos dos agrotóxicos às violações aos direitos humanos.
Post – 04/01/2019 – 08:08
Notícia do Brasil
Reprodução: Agência Brasil
David Porto
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