Uma equipe do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) iniciou uma investigação pelo rio Verde Grande, que fica na divisa dos estados de Minas Gerias e Bahia, para apurar o desaparecimento de aproximadamente 560 mil litros de água por hora, que de forma ainda inexplicada está sumindo no curso do rio. Fora o utilizado em algumas atividades, como agropecuária.
O Verde Grande há cerca de 10 anos deixou de ser perene, ou seja, não mais corre em todo seu percurso original durante o período da seca. A causa disso é o esvaziamento ainda desconhecido.
Com um trajeto de 557 quilômetros e cruzando 27 municípios mineiros e 8 baianos, o rio mencionado nasce no município de Bocaiúva, norte mineiro, e vai até Malhada, no sudoeste da Bahia, onde deságua no rio São Francisco.
Conforme a equipe do estudo, ao longo de toda a bacia do rio Verde Grande, o solo é formado com rochas que facilitam a sucção, assim como aspectos geológicos, tipo cavernas, dolinas e sumidouros. Diante disto, esse terreno da região interfere nos aspectos socioeconômicos do rio e reduz a quantidade de água na superfície.
Segundo informado pelo Serviço Geológico do Brasil, a investigação está ocorrendo em quatro municípios mineiros da bacia do rio, sendo: Montes Claros, São João da Ponte, Verdelândia e Jaíba.
Como funciona o estudo e investigação?
Na região mineira onde passa o referido rio existe um aquífero, ou seja, grande reservatório subterrâneo de água, e ele realiza troca de águas com o Verde Grande através dos dutos formados entre um e outro, também chamados de (sumidouros), sendo assim, teme-se que com o surgimento de poços artesianos que sugam a água do aquífero subterrâneo e o longo período de redução de chuvas, ele não está mais ajudando o rio, e sim só recebendo água, o que pode está causando esse desaparecimento de mais de meio milhão de litros por hora.
Vale salientar que os estudos ainda confirmarão se esse é o ocorrido, e a suposição à cima mencionada é apenas suspeita.
O sinal amarelo para o que pode estar acontecendo com o rio foi dado ainda antes da crise hídrica de 2013. Pois há cerca de dez anos o Verde Grande não secava, era perene.
Facilitando a linguagem acerca do que está sendo feito, conforme interpretou a reportagem do site Alerta Bahia. O (SGB-CPRM) e a (ANA) vão diluir no rio Verde um corante chamado de ‘traçador’, na mesma ação irá jogar diferentes traçadores pelas sub-bacias dos rios das proximidades, como o rio, Canabrava, Salobro, Ribeirão do Ouro e de alguns poços artesianos. Com passar do tempo necessário será analisado se o corante dissolvido na água do Verde Grande chegou até um desses outros rios mencionados ou nos poços artesianos. Assim descobrirão pra onde está indo à água.
“desta forma poderemos descobrir se essa água emerge novamente na superfície em outros trechos do rio ou segue outras trajetórias, alcançado poços situados a várias distâncias de suas margens”, explica a pesquisadora em geociências Maria Antonieta Mourão. O traçador tem cor verde ou vermelha fluorescente, podendo ser detectado visualmente a olho nu.
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Publicado em: 12/11/2021 – 11:52
Da Redação
Por: David Porto - Registro: MTBE 0006322-BA
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